O Chefe do Departamento de Cooperação
Internacional em Magia
Dois
anos depois, Avalon se preparava para ir à escola, seu pai estava na cozinha
quando ele levantou de manhã, após uma noite inteira em claro imaginando quando
a sua coruja finalmente chegaria. Carta ainda
não havia chegado e Avalon havia passado várias tardes olhando pelas janelas
esperando sua coruja chegar. Começou a temer que a chuva de corujas do Brasil o
impedisse de receber sua carta, imaginava que sua coruja fosse endereçada para
o Brasil ao invés da Bretanha.
Hogwarts havia
sido seu consolo desde que chegara a Blackpool. Seu pai, Jhon, não era muito
presente e a casa vivia sendo vigiada de perto por agentes especiais
contratados pelo Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia,
que era, nas horas vagas, o pai de Avalon.
O
envelope pardo, de pergaminho, com o selo vermelho da escola estava sobre a
mesa, ao lado de um bolo de frutas, esperando pelo garoto.
– Eu não disse que a carta não demoraria? –
Perguntou o homem por trás do jornal – Você é muito ansioso, meu filho. Era óbvio
que sua carta chegaria. Você tem uma vaga desde antes de nascer.
Avalon
correu para a carta, com as mãos tremulas, quebrou o selo e abriu-a. Havia o
comunicado de sua vaga e a lista de materiais. Era incrível a sensação que o
menino sentia. Finalmente iria para a escola. Ele leu a carta três vezes, sem
se sentar.
–
Ande com o seu café e vá se vestir. Iremos hoje mesmo comprar seu material.
–
Certo. – Respondeu o garoto empurrando alguns pedaços de bolo para dentro da
boca. Subiu as escadas, dois degraus por vez e, rapidamente, se trocou.
Além
de ir ao Beco Diagonal, Avalon estava mais feliz pela companhia do pai, que se
tornara cada dia mais rara desde sua chegada. E o Beco já não era novidade para
o menino. Às vezes conseguia convencer um dos elfos domésticos a levá-lo até lá
por Aparatação sem que os guardas notassem.
Foi
um passeio tranqüilo. Compraram tudo de que o garoto precisaria segundo a
lista. Avalon ganhou, também, uma coruja. A plumagem era de um tom de palha bem
claro, os olhos eram cinza, como os de Avalon e os de seu pai. No fim da tarde
tomaram um sorvete na Florean & Fortescue enquanto conversavam sobre
quadribol. O homem parecia interessado no que o filho dizia, e fazia alguns
comentários sobre a história do jogo. Contou, inclusive, como surgira o zumbido
que os torcedores do Wimbourne Wasps faziam e que Avalon repetia insistentemente.
Em
algumas semanas Avalon estaria em Hogwarts, mas por hoje, o dia com seu pai
fora suficiente para lhe fazer sentir saudades, precocemente, de seu lar.
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