Chuva de Corujas
Choviam
corujas mortas, no outro dia. As praias estavam cobertas de penas. O noticiário
Trouxa notificava um alerta de uma possível praga infectando as aves. O jornal
bruxo não noticiava nada do gênero. O Agente Do Medo, agira rapidamente
ocultando informações e expedindo ordens para proibir a entrada de qualquer
coruja em território nacional.Isso daria tempo para montar um esquema maior.
Sues planos eram incríveis, a longo prazo, não tinha como dar errado. A não ser
pelo fato de ter gente pretendendo estragar tudo, mesmo sem saber o que estava
realmente causando.
Avalon era um garoto comum: cabelos loiros sem corte desciam-lhe
pela cabeça, seus olhos eram de um bonito tom de cinza. Não era muito alto,
mesmo pra sua idade, passava o dia inteiro imitando jogadores de quadribol,
mesmo sem uma vassoura. Não torcia pelos times locais, seu tio insistia para
que ele torcesse por algum destes times, ele simpatizava com um que trajava
vestes de jogos de verão, as capas tradicionais eram sem mangas, e de um tom
azul turquesa, tinham as costuras em um bordado branco, bem como os botões, e
cinco estrelas prateadas que brilhavam no peito. O menino ainda nem sabia o
nome dos times nacionais, nem mesmo desse que era o único a quem dava atenção.
– Somente o Vespas tem lugar em meu peito, titio. – Ia dizendo o garoto
estufando o peito em um tom pomposo que arrancou boas risadas do tio.
– O Vespas não é ruim garoto, mas os nossos times... – Retrucou o tio começando
a ladainha de sempre.
– Bzzzzzzz – foi o que o interrompeu – zzzzzzzzz...
O menino começou a imitar o som de vespas, era um zumbido
irritante, e ia aumentando, aumentando, até o garoto começar a ficar vermelho.
– Certo então – Disse o tio encerrando o assunto – um dia você aprende.
A conversa havia terminado, o menino foi brincar no quintal,
enquanto seu tio seguiu para a sala de jantar, onde a Sra Hastur se encontrava
olhando um álbum antigo com fotografias que sorriam, e por vezes saiam da
moldura.
A casa dos Hastur era um deleite para os olhos de qualquer bruxo,
muito organizada, bem arejada, havia uma lareira quase nunca utilizada, e por
isso, muito limpa e conservada. Antes da escadaria que dava acesso aos andares
superiores podiam-se ver diversas portas e janelinhas, dessas enfeitiçadas para
parecer menor do que realmente são. Dava muito mais comodidade, do tamanho de
uma casa normal, por fora.
Poucas das fotografias que a mulher de cabelos negros olhava
reproduziam o lugar em que se encontrava, seu olhar castanho era de muita
saudade. Seu coração andava apertado desde sua vinda para o Brasil, pouco
conheceu no país, não tinha vontade de ficar ali, e agora com essa história de
juventude tudo se tornara mais difícil.
– Minha irmã – Disse o homem de bochechas rosadas com um cavanhaque bem aparado
quando pousou sua mão no ombro da mulher, apertando docemente com seus longos
dedos. – Vai
passar, você sabe. Em breve vamos partir de volta a Inglaterra.
– Não é isso o que me preocupa – Respondeu
a mulher, e quando ela virou-se uma lágrima rolava até o seu queixo. – e se Avalon for pego
antes pela Juventude?
– Eu não
deixaria – foi
tudo o que o homem respondeu.
Ela apenas suspirou, seu rosto afundou-se então no peito do irmão,
ela não chorou mais, não havia o que fazer além de esperar um sinal de John.
Mt legais suas reflexoes. Vou te seguir, ok?
ResponderExcluirQd der, visite tb meu blog de humor!
Um graande abraço e parabens pelo blog
www.santaingnoranca.blogspot.com